Ser ou não ser um programador
Ser ou não ser um programador? Se vou ser, por onde começar? Se começar irá valer a pena? Estas e muitas outras questões surgem quase como uma advertência para as pessoas que estão pensando em entrar (mergulhar) na área da tecnologia. E pensando nessas questões, decidi escrever este artigo para que você não fique mais na dúvida e decida de vez se será ou não um futuro programador.
Ser ou não ser um programador: eis a questão
Não é de hoje, nem de ontem que estão surgindo muitas pessoas procurando o caminho das pedras para seguir carreira de programador. Muitas estão infelizes ou insatisfeitas com o trabalho que têm no momento e veem na área da tecnologia uma boa paralela para mudar de vida tendo em conta as notícias e contos que leem sobre a área e os bons salários life changing. Mas diferente dos anúncios que estão em todos os cantos como “ganhe dinheiro sem trabalhar” ou “eu investi nisso e observem agora a minha conta bancária”, tornar-se um programador requer trabalho duro, dedicação e muita, muita paciência (já vamos falar disso).
Um tópico/tema muito importante que devemos questionar é o porque de mudar de área pois a insatisfação está presente em todos os lados, e na programação não é diferente. A quantidade (tonelada) de aprendizado e reciclagem é enorme, o que você sabe hoje, amanhã estará obsoleto nesse buraco negro vulgo tecnologia. Isso acaba por se tornar para muitas pessoas um processo frustrante.
E não se iluda com a questão do salário, pois indo na linha de raciocinio que comentei acima sobre aprendizado/reciclagem poderia dizer que a área está compatível com o nível de complexidade que exige. Quem não conhecem a área me acusariam até de blasfémia mas só quem já é programador sabe que “se penso, logo programo e commito (piada interna)”. Então, para ter bons salários, vai ter que estudar e trabalhar muito. Se ainda não acredita, leia esse artigo até o final.
Backend ou Frontend?
Essa é a principal dúvida na porta de entrada para começar na área. Às vezes escolhemos e mudamos a meio da caminho, depois de já trabalhar na área ou até há quem opte pelos dois lados (full-stack developer).
Se você não gosta muito da parte visual, prefere mexer com os códigos mais robustos, base de dados, algoritmos, então backend será a escolha certa para você. Agora, se não gosta de tantos números, de tantas lógicas e prefere ver o resultado mais visual do seu trabalho, então definitivamente frontend será a melhor escolha. Mas vale ressaltar que hoje em dia o frontend precisa saber também a parte de backend, não muito a fundo, o mínimo eu diria, pois os frameworks mais populares foram criados e pensados para quem sabe um pouco desses dois mundos.
Por onde começar?
Independente da sua resposta ao tópico anterior (backend ou frontend?) o início será parecido pois o ponto zero é aprender lógica de programação. Mas depois disso (de ter aprendido lógica de programação) os caminhos se divergem como norte e sul e podem até se encontrar na linha do equador se o teu objetivo, depois de um tempo de estudos, é se tornar um full-stack developer.
Este tópico por si só renderia um novo artigo, mas ao invés disso vou deixar uma dica que vale muito e que já ajudou muitas pessoas a se orientarem na hora de estudar. Conheça o site que o vai ajudar a seguir o caminho das pedras da programação, o www.roadmap.sh. Na página inicial você escolherá a área que quer seguir (backend, frontend, devOps, react, angular, android, …) e a seguir surge uma lista de todo o percurso de aprendizagem para se tornar um especialista na área. Lembra o que eu disse sobre ter que se dedicar muito e a tonelada de estudos pela frente? Acredita agora? Então vamos continuar…
Qual a melhor linguagem de programação para começar?
Esse é o ponto que poucos programadores divergem, mas novamente vai depender de qual carreira você quer seguir. Entretanto, a queridinha dos programadores para começar é a linguagem de programação Javascript por diversos motivos mas os porquês mais relevantes estão relacionados com o facto da linguagem ter uma curva muito linear de aprendizado: ela é utilizada tanto para backend como frontend (isso é uma imensa vantagem), possui um dos melhores frameworks do mercado, tem uma comunidade muito ativa, tem uma crescente constante e está entre as 10 linguagens mais usadas atualmente de acordo com o índice TIOBE (Índice que mede a popularidade das linguagens de programação anualmente) e por fim, e não menos importante, é a linguagem mais requisitada no maior portal dos programadores, o stackoverflow.
Vale a pena ser programador?
Aqui vou deixar a minha opinião: cabe a você decidir se vale a pena ou não ser programador. Mas antes disso, vale ressaltar algumas informações. A área da tecnologia é a área que mais cresce no mundo e que mais tem vagas sobrando com deficit de candidatos preparados para assumi-las. No entanto, não se iluda se acha que estudando algumas semanas você entrará no mercado de trabalho. Se leu este artigo do início ao fim, você saberá exatamente do que eu estou falando.
Ser programador profissional é ter a possibilidade de criar algo que não foi pensado ainda e as possibilidades são inesgotáveis. Muitas vezes quando pensamos que tudo já foi criado, aparece com muita frequência algo super criativo feito com programação, vindo sempre aquela voz no ouvido, quase um berro: “Por que eu não pensei nisso antes?”. Para mim, ser um programador oferece a oportunidade de ser você quem criou algo inovador, algo jamais visto antes. Dito isto, minha resposta é e sempre será: Sim! Vale a pena ser um programador.